Em 18 de agosto, o Presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, o Ministro de Defesa, Fernando Azevedo e Silva, o Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Antonio Carlos Moretti Bermudez, o Diretor–Geral do Departamento de Controle do Espaço Aéreo, Tenente-Brigadeiro do Ar Heraldo Luiz Rodrigues, entre outras autoridades, inauguraram a primeira estação de radares primário e secundário em Corumbá (MS). Esta é uma estação completa de radares para controle do espaço aéreo e vigilância de fronteiras.
A responsável por fornecer esse projeto é a Omnisys, uma empresa brasileira, subsidiária do grupo Thales e lider no segmento de controle de espaço aéreo. Presente em mais de 70% dos radares de vigilância do espaço aéreo no país, a companhia já fabricou mais de 125 radares localmente e os distribuiu ao longo do território nacional. Os radares também são exportados para países nas Américas, Ásia, Europa e Oriente Médio.
Necessidade local
Garantir a segurança de uma nação passa, obrigatoriamente, pelo controle do espaço aéreo e de fronteiras. Com novos riscos e ameaças surgindo a cada dia, esse trabalho de proteção se torna mais desafiador para os governos, ainda mais em um país de grandes dimensões territoriais como o Brasil, que tem 11 mil quilômetros de divisas internacionais.
Esse cenário exige sistemas de vigilância e controle eficazes e abrangentes, que permitam o monitoramento eficiente de suas fronteiras, melhorem o tempo de reação a possíveis ameaças e otimizem o trabalho das equipes. A indústria global de segurança e defesa vem se debruçando no desenvolvimento e aprimoramento dessas soluções, oferecendo ao Estado, e principalmente às Forças Armadas e de Segurança, instrumentos de inteligência com aplicações aérea, naval e terrestre, que podem ajudar, inclusive, a combater o narcotráfico e contrabandos em geral.
A solução para aprimorar o controle do tráfego aéreo
Entre as tecnologias à disposição de governos estão as estações de radares de vigilância, como as do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB), que auxiliam no combate ao tráfego aéreo ilícito. Para aprimorar o controle do espaço aéreo e de fronteira, a Força Aérea Brasileira (FAB) assinou, por meio da Comissão de Implantação do Sistema de Controle do Espaço Aéreo (CISCEA), um contrato com a Omnisys para o fornecimento e instalação de três estações de radares no Centro-Oeste do país.
A primeira localidade a receber a inovação é Corumbá (MS), que ganha ainda mais importância estratégica para a segurança nacional, notadamente no combate ao narcotráfico, operações contra drogas, armas e todo tipo de contrabando. Outras duas estações serão entregues no início de 2021, em Ponta Porã (MS) e Porto Murtinho (MS).
As estações utilizam radares primários e secundários, que juntos têm a capacidade de identificar aeronaves colaborativas e não-colaborativas voando em baixas altitudes. Equipados com funcionalidades como medidas de proteção eletrônica e altimetria, os radares apresentam excelente desempenho em precisão e resolução de alvos. Os equipamentos, cujos alcances variam entre 200 milhas e 250 milhas (aproximadamente 450 km), permitirão uma vigilância aérea mais abrangente, incluindo a detecção de aeronaves de pequeno porte e em velocidades baixas ou nulas, como os helicópteros, ou com velocidades e capacidades de manobras elevadas, como os aviões de caça, que são utilizados pela FAB para interceptações.
Soluções para a defesa da soberania nacional, como a instalação dessa estação em Corumbá (MS), são importantes não apenas para garantir a proteção do território nacional, mas também para o desenvolvimento socioeconômico, ao permitir que valores utilizados em ações corretivas sejam utilizados em políticas estruturantes.